Sequência de Zelda: Breath of the Wild (Switch): as teorias e desejos dos fãs para a aguardada continuação

Reunimos aqui as principais teorias que estão circulando pela internet sobre o que podemos esperar da sequência desta lenda.


A aguardada apresentação da Nintendo na mais recente E3 terminou com um anúncio que pegou todos os fãs de surpresa: uma sequência direta de "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" está sendo desenvolvida para o Nintendo Switch. O trailer de revelação é recheado de mistérios, cortes rápidos com cenas impactantes e muitos detalhes escondidos, o que deixou a comunidade em êxtase.



Logo após o fim da apresentação começaram a surgir várias e várias análises do vídeo, quadro a quadro, de trás para frente e, claro, muitas teorias sendo formuladas e discutidas pelos quatro cantos do mundo.

Antes de nos entregarmos aos devaneios e desejos mais profundos de nossos corações, que tal recapitularmos o que já sabemos a respeito do título até então?

O que já sabemos:


Como dito anteriormente, o próximo capítulo da franquia será uma continuação direta de BotW. Sabemos que isso é  bastante raro em The Legend of Zelda, ainda mais por conta de sua linha do tempo bastante ramificada. Essas continuações ocorreram apenas 3 vezes anteriormente: em Zelda II, em Majora’s Mask e em Phantom Hourglass.

O Link e a Zelda mostrados no trailer de anúncio são os mesmos de Breath of the Wild. Ao longo dos vários jogos da franquia, vemos nossos heróis em várias épocas e reencarnações diferentes lutando contra um mal que insiste em retornar ao mundo. Mas, desta vez, por ser uma sequência direta, encontramos os mesmos protagonistas do título anterior, por mais que algum tempo parece ter passado desde os eventos finais do jogo.

Em recente entrevista, Eiji Aonuma (Designer e Produtor da série Zelda) confirmou que esta sequência se passará na mesma Hyrule de BotW. Ele afirmou que ele e seu time tomaram essa decisão por terem muitas ideias de novo conteúdo para este universo, e que seriam coisas demais para serem implementadas por DLC. Aonuma disse que desejava implementar uma nova história e mecânicas neste mesmo mundo.

A direção de arte será a mesma que em Breath of the Wild, como podemos ver no trailer de revelação — o belo cell-shading retorna, mas agora sem as limitações impostas pelo hardware do WiiU, então podemos esperar melhorias quanto à parte gráfica e de desempenho no console híbrido.

Eiji Aonuma também confirmou que o diretor de Breath of the Wild, Hidemaro Fujibayashi, retornará na sequência, ocupando o mesmo cargo. Esse retorno pode representar uma grande vantagem por se tratar de alguém que conhece o título muito bem, que acompanhou todo o seu desenvolvimento e que trabalhou de perto com Aonuma.

Apesar destas confirmações, o enredo, gameplay, novidades, e a direção que a franquia Zelda tomará com este novo título ainda são um grande mistério. Enquanto não somos agraciados com mais informações, vamos tratando a ansiedade com especulações e teorias.

1 – Em qual época a história do jogo se passa?


A sequência aparentemente se passará não muito tempo após os eventos finais de Breath of the Wild, depois que Link e Zelda baniram Calamity Ganon. Não se pode afirmar quanto tempo se passou desde então, mas vemos que uma nova preocupação levou Zelda e Link a explorarem o subterrâneo em busca de respostas. Ao que parece, os poderes divinos da princesa de Hyrule não foram fortes o suficiente para selar as trevas e elas então retornaram mais uma vez.

Nas cenas finais de BotW vemos nossos heróis selarem o mal, mas não de forma permanente, nas próprias palavras da princesa. Ao que parece, tais palavras se confirmaram, e uma nova onda de corrupção e trevas assola Hyrule, tendo como fonte uma múmia de um ser perverso aprisionado sob o castelo de Hyrule. No fim do trailer vemos o castelo começando a ser suspenso nos céus por conta do despertar deste ser maligno, o que levou algumas pessoas a se questionarem se Link e Zelda irão deixar Hyrule em busca de refúgio ou se irão abrir caminho em meio ao caos instalado.

2 - De quem é o corpo mumificado selado sob o castelo?


A múmia em questão certamente tem uma aparência familiar: os adornos que decoram seu corpo, das vestimentas e cor do cabelo são grandes indícios de que é possível que   o falecido seja um personagem que já conhecemos. Podemos concordar que é quase certo se tratar de um membro da tribo dos Gerudos, o povo do deserto, composta basicamente de mulheres, mas que a cada 100 anos tem o nascimento de um membro masculino. Fãs afirmam que a múmia é nada mais nada menos que Ganondorf, o príncipe Gerudo, nêmesis do nosso herói Link.


Esta teoria é uma das mais prováveis de serem confirmadas, pois temos várias evidências que apontam para tal confirmação: em uma pintura na parede mostrada no trailer vemos uma figura de longos cabelos vermelhos montada num cavalo e segurando um tridente, marchando para a batalha, que também lembra um guerreiro Gerudo. Outro fato interessante é o de que a forma física de Ganon não apareceu em BotW, sendo Calamity Ganon formado pela incapacidade de Ganon se materializar em uma forma sólida. Talvez agora tenhamos o vislumbre do núcleo desse mal, a semente das trevas em sua forma corpórea.

3 - A origem e o propósito da mão espectral


Certamente uma das coisas mais intrigantes do teaser foi a mão espectral que parece selar a calamidade e o poder contido dentro da múmia. As especulações giram em torno das marcas e das joias que decoram ‘a mão’ e o pilar no topo da caverna de onde a energia flui. As escrituras lembram as runas de energia Sheikah que estão espalhadas pelos templos e torres na Hyrule de Breath of the Wild, assim como os pilares com tecnologia que fornecem atualizações para o Sheikah Slate de Link por meio da condensação dessas runas em uma única gota. 

Fãs afirmam que a mão pode ter origem na tecnologia dessa tribo, que jurou lealdade à Deusa Hylia e à família real de Hyrule e são conhecidos pelo desenvolvimento de avançada tecnologia. A mão pode ser mais uma criação Sheikah na tentativa de banir o mal com tecnologia, assim como criaram as quatro bestas Sagradas para lutar ao lado dos quatro campeões nos eventos de Breath of the Wild.

4 - Qual a conexão de Link com a mão espectral?


Num breve momento no trailer é possível ver que no braço de Link começa a brilhar uma forte luz verde, parecendo que ele está sendo consumido pelo poder da mão espectral, enquanto tenta conter esse poder. Este trecho está no meio de uma sequência de cenas desconexas apresentadas em cortes rápidos, mas se as reorganizarmos numa ordem cronológica de possíveis acontecimentos as coisas começam a fazer sentido.

Uma das teorias diz o seguinte: enquanto exploram as ruínas subterrâneas, Link e Zelda se deparam com os restos mumificados de Ganondorf, que está sendo selado pela mão espectral. Mas então acontece um terremoto e as ruínas começam a desmoronar. Zelda então acidentalmente cai, mas é salva por Link no último segundo. Ao fazer isso, Link acaba se colocando em perigo também, o que leva a Mão a  salvá-lo, deixando de selar a múmia por alguns segundos. Com isso, ao transferir  seu poder para que Link saia desta situação,  surge a oportunidade perfeita para que Ganondorf possa se livrar do aprisionamento.

O youtuber responsável por formular esta teoria embasa suas especulações em uma apresentação que ocorreu na Game Developers Conference de 2017, onde os artistas da Nintendo Hidemaro Fujibayashi, Satoru Takizawa, e Takuhiro Dohta mostraram algumas artes conceituais do início do desenvolvimento de Breath of the Wild. Durante a apresentação, os palestrantes discutiam como algumas novas mecânicas foram implementadas no título e mostraram as artes conceituais por trás dessas implementações. Uma dessas artworks chamou muita atenção em particular: trata-se de uma em que Link aparece com seu braço amputado e substituído por um braço mecânico capaz de ser transformado em outras ferramentas e armas, como um arco e flecha, uma marreta, um mini canhão e até no hookshot.

A ideia de Link ter um braço biônico parecia absurda na época, mas a Nintendo aproveita bastante algumas de suas ideias antigas em novos jogos, mesmo que reformuladas, como ocorre com a motocicleta em Breath of the Wild. Portanto, é perfeitamente possível que a próxima grande arma de Link esteja de alguma forma em seu braço.

5 - Qual a razão por trás do novo corte de cabelo da princesa Zelda?


Enquanto Link manteve sua aparência como em Breath of the Wild, no teaser trailer da sequência do título podemos ver que Zelda resolveu adotar um novo corte de cabelo bem mais curto, como nunca antes em suas aparições anteriores. Logo começaram as especulações a respeito da razão para tal mudança. Pode ser apenas uma escolha da direção de arte do jogo, mas também pode representar uma mudança na atitude da personagem. Alguns fãs dizem que é um indicativo de que Zelda pode abandonar a vida de uma princesa para trás e seguir o caminho aventureiro de Link. Outro fato apontado foi que Zelda recebeu mais destaque no trailer que Link, tendo aparecido por mais tempo no vídeo. Estes fatos levaram fãs a acreditarem que Zelda poderá finalmente ser um personagem jogável neste novo título, ou talvez uma companheira de aventura para Link.

No vídeo vemos os dois explorando as ruínas subterrâneas juntos, assim como sua montaria carregando mantimentos o suficiente para dois. Será que finalmente o desejo de uma Zelda jogável em um jogo da série principal será realizado? Ou quem sabe teremos partes da aventura sendo contadas pelas perspectivas de cada um dos protagonistas? Uma mecânica de exploração cooperativa entre os dois seria muito interessante, contando com habilidades e equipamentos exclusivos de cada personagem.
Enquanto todos os companheiros de Link foram personagens não jogáveis, atuando mais como mentores para nosso herói, pensar na possibilidade de uma dupla de protagonistas jogáveis é no mínimo muito animadora.

6 - Teremos o retorno dos Dungeons nessa sequência


Enquanto Breath of the Wild deu lugar a uma exploração do ambiente quase interminável em busca de templos escondidos nas mais remotas regiões do mapa, estimulando o jogador a explorar cada cantinho desse mundo, muitos sentiram falta dos clássicos e icônicos dungeons, que definiram os grandes títulos anteriores da série Zelda. A exploração desses calabouços sempre foi o núcleo da série: era neles que se conseguia novas habilidades e itens e onde ocorria o verdadeiro combate contra o mal que assolava o universo de cada jogo. Alguns fãs sentiram que um buraco se abriu em Breath of the Wild com a ausência deles e as shrines não foram suficientes.

O mais próximo de tal exploração de dungeons presente em BotW foi o interior das Divine Beasts, mas elas não contavam com a complexidade e características únicas que cada dungeon possuía. No entanto, ao que parece, poderemos ter o retorno desses locais nesse próximo título. Em certo momento do trailer, a câmera mostra uma visão externa de ruínas com um grande arco em volta de uma entrada escura. Essa visão lembra bastante as entradas clássicas dos templos em títulos anteriores da franquia, e pelo tom obscuro do teaser, podemos esperar boas surpresas e talvez alguns sustos na exploração desses calabouços.

Um futuro repleto de possibilidades

Como o anúncio da sequência do aclamado The Legend of Zelda: Breath of the Wild ainda é muito recente, e quase não teve informações oficiais divulgadas, podemos esperar ainda muita especulação em torno deste novo título. São muitas questões a serem respondidas a respeito do enredo, de suas mecânicas, posição na linha do tempo da série Zelda — enfim, coisas que só o tempo pode revelar. Como meros mortais, nos resta aguardar tais revelações e ansiar pelo anúncio do lançamento de mais este grande título da aclamada lenda de Zelda no Nintendo Switch.

Revisão: Vinícius Fernandes

Estudante de Letras, apaixonado por vídeo-games e música. Gosta de conversar sobre hobbies em comum, receber dicas e recomendações e de capturar monstrinhos de bolso enquanto explora Hyrule.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


Disqus
Facebook
Google