Meus jogos favoritos de 2019 — Vinícius Veloso

Os redatores do Nintendo Blast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.



Dezembro é época de olhar para trás e relembrar quais foram os momentos marcantes do ano. A partir de hoje, a equipe de redação do Nintendo Blast irá publicar matérias listando quais são os nossos títulos favoritos de 2019 e explicando os motivos que tornaram esses games especiais. Eu inauguro a série apresentando oito jogos que, apesar de seus defeitos, me divertiram de alguma maneira. A relação não segue ordem específica, ou seja, não é do “pior” para o “melhor” e vice-versa. Claro que só mencionei aquilo que já tive oportunidade de experimentar, sendo assim bons games como Astral Chain ficaram de fora do texto.

Yooka-Laylee and the Impossible Lair

A mudança de estilo foi extremamente positiva para a dupla sucessora espiritual de Banjo e Kazooie. Se o game de plataforma em 3D que marcou a estreia de Yooka e Laylee dividiu opiniões, a sequência da aventura em 2.5D mostrou que o camaleão e a morceguinha têm força para conquistar espaço no coração dos fãs do gênero. Misturando um overworld cheio de segredos e que convida à exploração, com fases recheadas de colecionáveis na medida certa, esse foi um dos poucos títulos de 2019 que me fez ter vontade de continuar jogando até alcançar o 100%.

Yooka-Laylee and the Impossible Lair não traz nenhuma grande novidade para a indústria, pelo contrário, até mesmo reproduz mecânicas icônicas de outros games, como Super Mario World 2: Yoshi's Island e a trilogia Donkey Kong Country. No entanto, a Playtonic soube coletar o que de melhor existia em grandes representantes do gênero para criar uma jornada com identidade própria. Eu não curtia tanto com um título de plataforma em 2.5D desde Tropical Freeze.



Luigi's Mansion 3

Pela simples falta de oportunidade, eu nunca tive nenhum contato com a série Luigi's Mansion. Por isso, o anúncio do terceiro episódio não me deixou cheio de expectativas ou gerou sentimentos semelhantes. Mas, a cada novo trailer, ele foi despertando minha curiosidade, principalmente, graças ao belo visual que o jogo prometia. Logo no lançamento, dei uma chance para o encanador medroso e fui surpreendido com uma “horripilante” experiência que me cativou logo nos primeiros minutos e dominou minha atenção por todas 14 horas de gameplay.

Luigi's Mansion 3 conquista com o seu “terror infantil”, criatividade, quantidade de conteúdo e carisma do protagonista. Em diferentes momentos, fiquei contrariado com as trapalhadas do bigodudo — que significavam ter que voltar a visitar áreas já conhecidas do hotel Last Resort —, mas as reações dele deixam praticamente impossível se aborrecer de verdade com o personagem. Mantendo um ótimo ritmo de progressão e com desafios interessantes em todos os andares, esse foi o meu título favorito do ano e me fez querer conferir os capítulos anteriores dessa saga.

The Legend of Zelda: Link's Awakening

O remake de Link's Awakening foi para mim a oportunidade de conhecer um dos poucos capítulos da lenda de Zelda que ainda não havia jogado. Esse fator novidade contribuiu bastante para que o game entrasse em minha lista de favoritos do ano. Antes mesmo de naufragar próximo da paradisíaca Koholint Island, eu já conhecia todos os detalhes da trama que me aguardava. Mas, mesmo assim, foi difícil controlar a emoção quando a jornada finalmente chegou ao seu desfecho.

The Legend of Zelda: Link's Awakening resgatou memórias de momentos que transformaram a franquia em uma de minhas preferidas. A cada empacada nas dungeons, recordava de como eu recorria às revistas em minha infância para superar os desafios de Ocarina of Time. Até mesmo o visual ao estilo de bonequinhos, que desagradou parte dos fãs, para mim encaixou perfeitamente na temática de sonhos e fantasias.

Pokémon Sword/Shield

Passei bom tempo considerando se colocaria ou não o novo Pokémon em minha relação de jogos favoritos de 2019. Com lançamento repleto de polêmicas, decisões questionáveis da Game Freak e certos problemas técnicos que não deveriam existir no Switch, eram muitos os motivos que justificariam sua ausência da lista. Mas, minha experiência com o jogo falou mais alto e decidi sim inseri-lo. Apesar de não estar completamente satisfeito, me diverti em Galar como há algum tempo não ocorria.

Pokémon Sword/Shield me conquistou pelo clima esportivo sempre presente. Vivia imaginando como aconteceriam as batalhas Pokémon no mundo real, com estádios cheios e torcidas apaixonadas, e em Galar acontece exatamente da maneira que eu esperava. O título também conta com boas ideias para o futuro da franquia, com destaque para a Wild Area que tem tudo para ser um exemplo de evolução para os capítulos vindouros da franquia dos monstrinhos de bolso.

Katana ZERO

A ação frenética, habilidade de controlar o tempo e diferentes maneiras de resolver o mesmo puzzle são alguns dos destaques desse indie desenvolvido pela Askiisoft e distribuído pela Devolver Digital. Entretanto, o maior charme fica por conta do complexo enredo contado em doses homeopáticas, que se assemelha às pílulas que o protagonista da história é obrigado a consumir frequentemente.

Katana ZERO também é envolto por alguns mistérios. Logo que terminei o game, fui conversar com um amigo que também havia finalizado e tínhamos interpretações bem diferentes do que havia acontecido, sendo que ambas poderiam ser consideradas corretas. O encerramento realmente fica aberto a interpretações e a sua experiência pessoal implica diretamente na maneira como você entende a trama.


Cuphead

Uma das boas surpresas do ano foi a parceria entre Nintendo e Microsoft, que possibilitou que títulos até então exclusivos do PC/Xbox chegassem ao Switch. O boss rush, com pitadas de run ‘n gun, estrelado pelos irmãos com cabeça de xícara me rendeu boas horas de risadas e sofrimento. O nível de dificuldade insano é bastante punitivo, mas a sensação de satisfação consegue ser maior a cada alma coletada.

Cuphead encaixou perfeitamente com a plataforma da Big N devido ao multiplayer nativo do console híbrido. Basta somente destacar os Joy-Con e convidar seus amigos para vocês passarem raiva juntos. O caminho até o embate com o Diabo foi bastante complicado e repleto de desentendimentos com meu parceiro de jogatinas, mas me fez recordar com saudades da boa época do multiplayer local.


Tetris 99

A febre dos battle royale não me afetou. Até tentei experimentar Fortnite assim que o game da Epic chegou ao Switch, mas logo percebi que não era para mim. Porém, fiquei curioso quando a proposta de 99 contra um foi levada para o clássico puzzle da década de 1980 e assim que estava disponível na eShop corri para fazer o download. Bastaram algumas poucas partidas para eu abraçar completamente a ideia.

Tetris 99 pode ser definido em apenas uma palavra: viciante. A cada nova jogada, sentia que estava melhorando e seria questão de tempo até alcançar o primeiro lugar — que demorou algumas semanas, mas veio. O game também foi recebendo inúmeros eventos ao longo do ano, que mantiveram o meu interesse por ele e fizeram com que conquistasse um lugar cativo na biblioteca do meu Switch.


Mario Kart Tour

Para fechar minha lista, quis dar espaço para algum dos projetos mobile da Nintendo e decidi colocar a versão de Mario Kart para smartphones por ter sido o game que mais joguei no celular ao longo de 2019 — claro que depois de Pokémon GO. Confesso que vivo em uma relação de amor e ódio com o game, principalmente, pelo abusivo sistema de pay-to-win que ele utiliza. Porém, para quem o aproveita somente como entretenimento passageiro é uma ótima pedida para se distrair no transporte público ou filas de espera.

Mario Kart Tour tem muito conteúdo para ser aproveitado sem gastar um único centavo e gosto bastante da maneira como pistas já conhecidas vão aparecendo a cada nova temporada lançada. Claro que tento não me chatear ao precisar disputar pontos com outros jogadores que nitidamente investiram dinheiro e têm grandes vantagens. No final, o título mobile acaba servindo como um bom passatempo e nada além disso — justamente o que espero de games para celulares.


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E para você, caro leitor, quais são seus jogos favoritos de 2019? Coloque suas opiniões nos comentários e não deixe de acompanhar as próximas matérias com os games que mais agradaram os integrantes da equipe de redação do Nintendo Blast neste ano.

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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