Review: Headset Recon 70, da Turtle Beach, consegue mesclar conforto e qualidade

Leve e compatível com diferentes tipos de equipamentos, o periférico se destaca por sua ergonomia e competência na reprodução de graves e agudos.

Headset Recon 70, da Turtle Beach


A Turtle Beach voltou ao Brasil com o lançamento da Recon Series, linha composta por 14 modelos de headsets projetados para atender diferentes perfis de usuários. Com capacidade de se conectar a consoles, PCs e smartphones, os equipamentos estão disponíveis em diversas tonalidades que combinam com a sua plataforma favorita. Além do visual interessante, possuem alto-falantes over-ear capazes de reproduzir agudos nítidos e graves poderosos. Os aparelhos serão distribuídos pela Solutions 2 Go no país.


O Nintendo Blast recebeu da distribuidora o Headset Recon 70 e pudemos testá-lo das mais variadas maneiras ao longo de um mês. Confira todas as nossas impressões na análise a seguir e descubra se vale a pena investir nessa mais nova opção de periférico.

Discreto e ergonômico

O modelo que testamos é indicado para Switch, por isso, tem detalhes em vermelho que combinam muito bem com o preto (cor majoritária do equipamento). A tonalidade que referencia o console da Nintendo está presente no extensor que permite ajustar o tamanho do headset; na camada acolchoada que fica em contato com a parte superior da cabeça; no interior das conchas auriculares; e em todo o cabo que mede 130 cm.
 
A estrutura composta quase que totalmente de plástico resulta em um equipamento leve, com cerca de 220 g. Eu o utilizei algumas vezes durante todo o expediente no trabalho (oito horas) e em nenhum momento senti a cabeça ficar sobrecarregada, pelo contrário, era até comum esquecer que estava com o headset. O conforto é aprimorado pela sensação térmica, com a orelha não esquentando mesmo nos dias de calor.
Headset Recon 70, da Turtle Beach
Os detalhes em vermelho do Recon 70
O design do Recon 70 não é o de um periférico premium, sendo mais discreto e elegante. Sem luzes ou detalhes extravagantes, pode ser tranquilamente usado em escritórios sem chamar a atenção dos colegas. As hastes permitem um ajuste amplo de altura, tornando-o versátil e capaz de se adequar a cabeças de qualquer tamanho. Já as conchas auriculares fazem movimentos de 90º para retirar um dos alto-falantes da orelha — solução que permite ouvir o “mundo exterior” sem a necessidade de remover o headset.
 
O microfone é do tipo flip-to-mute, ou seja, somente é ativado quando está abaixado e próximo da boca do jogador. Se for levantado, automaticamente interrompe a captação e transmissão de som. Particularmente, tive dificuldades com o controle de volume localizado na concha auricular da esquerda. Isso porque estava acostumado com equipamentos que têm o seletor como parte do cabo. No entanto, a retirada dessa peça do fio é mais do que bem-vinda por eliminar dois possíveis pontos de mau contato.
 
Com estrutura flexível, o headset permanece bem encaixado na cabeça mesmo quando são realizadas ações mais bruscas. Além disso, é possível colocar ou retirar os óculos do rosto sem que a posição do aparelho seja alterada. Já as partes móveis do periférico, como o microfone e as hastes para ajuste de altura, se mostram bem sólidas. Nesses locais, executei dezenas de movimentos repetitivos e a rigidez permaneceu inalterada — indicativo de que a utilização constante não deve torná-los frouxos facilmente.
Headset Recon 70, da Turtle Beach
A parte superior do periférico tem o nome da empresa


Para todos os usos

Apesar de o modelo vermelho e preto do Recon 70 ser indicado para Switch, ele funciona em vários aparelhos. Com o conector de 3,5 mm do tipo P3, consegui utilizá-lo no smartphone para assistir vídeos, ouvir músicas e também jogar. Em todas essas atividades, a qualidade sonora se manteve a mesma. Situação semelhante aconteceu no PC, com resultados bastante satisfatórios nas três atividades. Inclusive, minha percepção espacial em alguns FPS (como Valorant) foi melhor com o equipamento da Turtle Beach.
 
Já no Switch, o headset se mostrou competente e permitiu localizar com clareza a origem de cada som. Em Overwatch, por exemplo, conseguia ouvir com clareza os passos que vinham do corredor logo atrás do meu personagem. Contudo, é preciso ter cuidado com o controle de volume, que atinge níveis bastante elevados e capazes de prejudicar a audição. Como teste, conectei o Recon 70 ao Switch e o deixei ligado sobre a mesa na potência máxima. Os sons emitidos tinham intensidade semelhante àqueles que saem do alto-falante do próprio console quando estão com aproximadamente 50% do volume.
 
O periférico também se destaca pelo seu microfone, que consegue captar a voz de maneira bem clara e até evita a transmissão de alguns ruídos menos intensos. Em conversa com um grupo de amigos, nenhum deles percebeu os sons que vinham de bate-papos que aconteciam na sala ao lado. Porém, essa característica acaba praticamente inutilizada no Switch, afinal, são raros os jogos do console que oferecem chat por voz.
Headset Recon 70, da Turtle Beach
Detalhe do conector P3


Equilíbrio entre graves e agudos

A qualidade sonora do Recon 70 é competente, com um bom equilíbrio entre graves e agudos. Os alto-falantes de 40 mm cobrem toda a orelha e oferecem um balanço bastante ideal de sensibilidade, ou seja, não há um lado que estoure ou se destaque mais do que o outro. Com essas características, o equipamento se saiu muito bem nos testes realizados no site Audio Check — mostrando ser capaz de reproduzir frequências a partir de 20 Hz sem nenhum tipo de zumbido ou chiado que atrapalhe a experiência.
 
O periférico só deixou um pouco a desejar no quesito isolamento. Quando bem ajustado na cabeça, ele é capaz de abafar os sons que vêm de fora de maneira que não atrapalhem a jogatina ou a reprodução de uma música. No entanto, basta um barulho um pouco mais forte para “romper” a barreira e te trazer de volta para a realidade.
 
O revestimento das conchas auriculares é feito de material maleável e confortável, mas que pede atenção. Isso porque o acúmulo de resíduos pode desgastar o revestimento e deixá-lo rachado, como geralmente acontece com esse tipo de acabamento. Porém, o problema é facilmente evitável com a higienização frequente utilizando pano umedecido na água para remover o suor e outras impurezas. Por mencionar a higienização, o Recon 70 não traz ranhuras ou detalhes em seu corpo que favoreçam o acúmulo de sujeira.
Headset Recon 70, da Turtle Beach
O controle de volume fica na concha esquerda


Sem prejudicar a mobilidade

Apesar de ser um equipamento com cabo, a extensão do fio permite que o usuário se movimente tranquilamente. Os 130 cm foram suficientes para eu conectar o headset ao Switch no modo portátil (colocado sobre a mesa) e jogar utilizando o Pro Controller. Nessa experiência, os fones de ouvido não se soltaram nenhuma vez e nem derrubaram o console, mesmo eu fazendo diferentes movimentos com a cabeça e com o corpo.

Uma nova e interessante alternativa

Com design bem projetado e competente na reprodução do áudio, o headset se revela uma opção a ser considerada por aqueles que procuram um produto intermediário. Mesmo sendo um periférico com fio na era do wireless, a extensão do cabo é mais do que suficiente para não prejudicar a mobilidade do usuário. Além disso, ganha pontos por manter a ótima qualidade sonora quando utilizado em equipamentos variados.
 
Mesmo os pequenos problemas, como o isolamento que poderia ser melhor, não são capazes de subjugar as qualidades do aparelho quando analisada a relação custo-benefício. Confortável e ergonômico, o headset Recon 70 é ideal para muitas horas seguidas de jogatina por ser capaz de extrair uma excelente qualidade sonora do Switch (ou outro dispositivo) sem esquentar as suas orelhas ou deixar a cabeça pesada.

Prós

  • Design discreto e elegante;
  • Microfone capta e transmite a voz de maneira bastante clara;
  • Bom equilíbrio entre graves e agudos;
  • Cabo de 130 cm não prejudica a mobilidade;
  • Leve e muito confortável.

Contras

  • O isolamento poderia ser um pouco melhor;
  • Níveis altos de volume demandam cuidado do usuário;
  • O revestimento das conchas auriculares tende a “rachar” sem a devida atenção.
Headset Recon 70 — Nota: 9.0
Revisão: João Gabriel Haddad
Análise produzida com equipamento cedido pela Solutions 2 Go

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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