Vem aí

Prévia: Paper Mario: The Origami King (Switch) promete ser o próximo ponto alto da série

A mais nova sequência da aclamada franquia de RPG do mascote da Nintendo parece incorporar bem as mecânicas clássicas enquanto as atualiza para uma versão mais moderna.




Estamos a poucas semanas da chegada do mais novo título da série de papel do nosso encanador favorito. Paper Mario: The Origami King (Switch) foi uma surpresa para os jogadores esse ano, chegou de mansinho em um trailer que nem mesmo foi anunciado ou comentado pela Nintendo.


Desde então, estamos na expectativa de um título que fará jus à série Paper Mario, que, nos últimos tempos, veio apresentando um distanciamento das suas origens, se afastando do seu estilo RPG e se tornando mais próximo de um jogo de aventura do nosso amado encanador.

Ao que parece, Origami King está chegando para colocar ordem no galinheiro, trazendo de volta muitas mecânicas que fizeram os jogadores adorarem a série e combinando atualizações que os últimos títulos agregaram à obra.

Uma dobradura no papel

A história começa com Mario e Luigi sendo convidados para comparecer à Toad Town, cidade que circunda o castelo da princesa Peach, para o festival de origami. Estranhamente a cidade se encontra vazia e, ao entrar no castelo, os irmãos encontram uma versão nada amigável da governante do Reino dos Cogumelos.

Peach, agora de origami, está toda dura e robótica. Ela foi transformada pelo King Olly, o autoproclamado governante do Reino de Origami, que decidiu que iria reformular o mundo como ele acredita que vai ser melhor. Ele começa com a tomada do castelo do Reino dos Cogumelos, o envolvendo em cinco longas fitas que não somente o prendem, mas o levam até o topo de uma montanha. Agora resta a Mario ir até a origem de cada uma das fitas para quebrar essa proteção que o impede de adentrar no castelo e salvar a princesa.


Não contente em levar o castelo e a princesa consigo, King Olly transformou diversos habitantes em seres de papel, incluindo os servos de Bowser. Por falar no rival de Mario, o lagartão aparece todo dobradinho nos calabouços do castelo da Peach, preso por um pregador de roupas.

Ao que tudo indica, Mario terá de unir forças com Bowser e companhia para salvar a todos. E é aqui que uma das maiores felicidades dos fãs apareceu: a mecânica de companheiros voltou à série. Isso mesmo, agora encontraremos ao longo da história personagens que nos acompanharão e ajudarão nas batalhas.

Os companheiros voltaram

Desde Paper Mario: Sticker Star (3DS) que aguardamos o retorno dos amados ajudantes de Mario. Em Origami King, a maioria deles serão habitantes - geralmente vistos como inimigos nos outros jogos da série - que não foram transformados em origami pelo King Olly.

A primeira companheira é feita de origami, mas ela não é nenhuma inimiga, e sim a irmã do vilão! Seu nome é Olivia e ela ajudará Mario a seguir nessa história, pois ela dará ao encanador o poder dos 1.000-Fold Arms, dois braços de origami que ajudarão a realizar os mais diversos puzzles e vencer os inimigos.

Além dela, Mario encontrará um Bob-omb que perdeu a memória, um Toad professor e pesquisador das ruínas de seus ancestrais e o poderoso Kamek, um magikoopa conselheiro de Bowser. Esses são os companheiros confirmados pelo site e trailer do jogo, mas em algumas imagens pudemos ver outros personagens, como um Koopa Troopa e o próprio Bowser versão dobradura.


Uma diferença, no entanto, é que, de acordo com a matéria da Game Informer, que esteve em contato com alguns responsáveis pelo desenvolvimento do jogo, os companheiros não serão fixos como eram nos dois primeiros jogos da franquia. A participação deles terá começo, meio e fim. A única aliada fixa será Olivia.

De início, é uma mudança um pouco chocante e, de certa forma, frustrante, pois sabemos que é fácil nos apegarmos a um companheiro ou outro. Mas é possível que essa estrutura seja um recurso que ajude no desenvolvimento da história do jogo!

Batalhar na arena

Outra novidade é a mecânica de batalhas. Origami King ainda segue o modo de batalhas em turnos, mas com uma novidade: Mario ficará no centro de uma arena repleta de inimigos ao seu redor e a primeira coisa que o jogador deverá fazer é arrumá-los de uma forma que o auxilie em batalha.

Os oponentes entrarão na luta de forma aleatória, mas cabe ao jogador desvendar o quebra-cabeças e alinhá-los para garantir a maior eficácia de seus ataques. Aparentemente a arena será fixa com quatro círculos rodeando Mario, todos eles com espaços para um inimigo.

Em 30 segundos você terá que organizar os inimigos dentro da arena. Pode ser que você não consiga nesse tempo, mas sem pânico, pois será possível comprar mais tempo ou a ajuda dos Toads espectadores. Além disso, Olivia poderá te dar umas dicas para tornar esse planejamento inicial mais fácil. É muito interessante esse formato de batalha como um espetáculo retornar à franquia, pois em Paper Mario: The Thousand-Year Door (NGC), as lutas ocorriam em um palco, como um teatro.


Não é só de puzzles que se vive nas batalhas: os itens também voltaram. Teremos cogumelos, flores de fogo e gelo, os blocos POW e a folha para dar Mario os poderes do traje Tanooki, atacando os inimigos com a cauda de guaxinim.

Outro velho conhecido está dando as caras novamente, mas com um nome diferente. No site britânico do jogo, pudemos encontrar duas seções chamadas “Weapons” (armas) e “Accessories” (acessórios), cujos itens lembram bastante o sistema de Badges (insígnias) que existiu no jogo até o GameCube. Ele agora está mudado: as armas têm um uso finito, quebrando se você usá-las demais.

As armas, pelo que pudemos ver, cobrem os ataques de pulo e martelo. Já os acessórios serão itens equipáveis que darão a Mario vantagens durante as lutas. O único confirmado é um velho conhecido, o Heart Plus, item que dá ao jogador pontos de vida adicionais em batalha.


Não pense que as novidades param por aí. O modo de batalhas terá uma mecânica exclusiva para lidar com os chefões de cada fita/mundo. Como eles serão inimigos diferenciados, a forma de lutar contra eles também será. Nesses confrontos, o chefão estará no centro da arena e Mario terá que encontrar um caminho para chegar até ele. Se conseguir, poderá infligir dano e diminuir os pontos de vida. Foi mostrado que a habilidade 1.000-Fold Arms também será utilizada nessas batalhas especiais.

Um mundo de papel, ainda maior

Diferentemente de todos os jogos da série até o momento, Origami King não será divido em capítulos específicos. Agora o jogador terá a liberdade de escolher para qual caminho gostaria de seguir. O jogo será amplo e os cenários gigantescos, assim como um game em mundo aberto.

Os cenários serão tão vastos que o jogador poderá percorrê-los com um carrinho em forma de bota, com barcos e até sobrevoá-los com uma nave. Essa escolha torna o jogo ainda mais interessante, pois estávamos acostumados com espaços apertados e bastante limitados na série. Ter ambientes vastos tornará a jogatina ainda mais prazerosa.

Também foi prometido que Origami King estará repleto de surpresas e minigames para os jogadores; é dito? que “sempre haverá algo no cenário para chamar a atenção de quem estiver jogando”. E uma das coisas que vai chamar a atenção do jogador são diversos pedaços de cenário faltando no jogo. Assim como em Paper Mario: Color Splash (Wii U) havia espaços incolores e o jogador poderia pintá-los, agora Mario pode preencher esses cantos vazios para completar o cenário e conseguir moedas.


Fique de olho ao longo da aventura, pois há Toads escondidos pelos cenários. Encontrar e salvar os plebeus de Peach não é apenas uma grande sidequest do jogo; os Toads salvos retornam a Toad Town e abrem estabelecimentos fechados, além de ajudar Mario nas batalhas, dando itens e resolvendo alguns puzzles para ele.

No segundo trailer, podemos ver Mario recebendo uma figura de um Koopa Troopa feito de papel machê, o que pode ser um apontador de itens que podem ser colecionados durante a jogatina. Não é nada inovador, mas é ótimo quando um título oferece opções para tornar a jornada cada vez mais extensa, reforçando o fator replay da aventura.

Papel no Switch

Os vídeos e trailers de Origami King mostram que o jogo está bastante bonito. Parece que a equipe de desenvolvimento focou em tentar tornar as texturas dos cenários bem próximos a materiais de papelaria.

Em alguns momentos dos trailers, vemos que os Joy-Con aparecem sendo utilizados de forma separada, assim como é recomendado jogar Super Mario Odyssey (Switch). Pode ser que esse título tenha focado em aproveitar o console híbrido da mesma forma que outras aventuras do Mario.


Paper Mario: The Origami King promete ser uma bela retomada à série depois de tantos trancos e barrancos, parece que teremos um título que volta às origens, mas que é moderno o suficiente para agradar a gregos e troianos.

Pessoalmente, espero que a história do jogo traga toda aquela extensão de bom humor tão particular da série. O que podemos fazer é contar os dias para esse lançamento que certamente nos deixará ocupados e deslumbrados com seu mundo de papel.

Paper Mario: The Origami King é um título exclusivo para Nintendo Switch, com lançamento marcado para 17 de julho de 2020.

Revisão: Davi Sousa

Estudante de Sistemas da Informação que gostaria de aprender todas as línguas existentes, mal sabendo lidar com as duas que já fala. Descobriu seu amor pela Nintendo ao conhecer Super Mario 64 e desde então nunca mais largou os cogumelos, karts e rúpias que encontrou em seu caminho.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


Disqus
Facebook
Google