Entrevista

Just Dance (Multi): Entrevistamos Pâmella Ribeiro, vice-campeã da Just Dance World Cup

As experiências, sacrifícios e conquistas de um dos membros mais queridos da comunidade de Just Dance no Brasil.


Alguns jogos fazem parte da vida de seus jogadores de maneira muito relevante. A paixão em comum pelo jogo leva as pessoas a se conhecerem e trocarem experiências, criando comunidades de fãs. Os cenários competitivos incentivam os jogadores a se aprimorarem: muitos abrem mão de diversas coisas para se dedicarem a horas de treinamento seguido para se aperfeiçoar. É exatamente o caso do Just Dance - o popular jogo de dança criado pela Ubisoft.

Mesmo com algumas dificuldades, a comunidade brasileira de Just Dance vem crescendo cada vez mais, com seu público espalhado por todos os cantos do país. Tivemos pessoas incríveis que já nos representaram nos torneios mundiais, como o Diegho San e o Tiago Silva, que já conversaram com o Blast. 



Hoje, temos a honra de publicar mais uma entrevista com uma dessas pessoas. Dessa vez, nosso papo é com a carioca Pâmella Ribeiro, de 23 anos, e que conheceu o Just Dance através do YouTube. Desde então, ela não parou mais. Depois de muita dedicação em seus treinos, ela chegou aos mundiais em Paris, o que foi apenas o começo de sua vida pública no mundo dos games. Simpática, ela nos contou tudo sobre suas lutas e experiências nas competições, além de falar sobre a influência do Just Dance em sua vida.

Nintendo Blast: Além de ser uma expert em Just Dance, qual sua profissão no momento?

Pâmella: Atualmente eu trabalho como streamer. Tenho canais no Twitch e no YouTube, onde faço transmissões de jogos variados, como The Sims, Dead by Daylight, Black Squad e, claro, Just Dance. Também gosto bastante de Rainbow Six, um outro jogo da Ubisoft. E isso é engraçado porque, na verdade, nunca pensei em trabalhar como streamer. Sempre fui muito tímida, nunca tive muita facilidade de falar com público. Mas há dois anos eu decidi começar com o meu canal, e hoje eu não consigo me imaginar sem ele.

Nintendo Blast: E como foi o seu primeiro contato com o Just Dance?

Pâmella: Conheci o jogo vendo alguns vídeos no YouTube. Eu assistia às coreografias e ficava imitando por ali mesmo, sem pontuar. Na época o jogo estava no Just Dance 3. Só depois de um ano eu pude comprar um PlayStation 3, e aí já era o Just Dance 4. Depois disso, eu nunca mais parei. Começava a dançar de manhã e só parava de noite (risos).



Nintendo Blast: Quando começou o seu interesse no competitivo do Just Dance?

Pâmella: Eu soube que a Ubisoft estava fazendo as primeiras competições online em 2014, quando já estava em andamento. Comecei a competir pela metade mesmo, e no final consegui o quinto lugar. Eu fiquei muito animada, porque não tinha treinado para isso. Como sempre tive o sonho de fazer uma viagem internacional, eu comecei a treinar muito para a próxima vez. 

Em 2015, eu competi de novo. Foi tudo online, com sessões todo domingo e três vezes ao dia. Isso tudo durou dois meses, e eu treinava todos os dias durante cinco horas. Tinha que conseguir tirar Perfect em todos os movimentos. Aí no fim das contas, consegui me classificar. Fiquei extremamente feliz. E no ano seguinte, consegui competir nas finais mais uma vez.

Nintendo Blast: Como foi a experiência de viajar para Paris e competir contra outros jogadores?

Pâmella: Foi uma experiência única na minha vida. Conheci pessoas de vários lugares diferentes, e todos estavam ali com um único propósito: dançar. Todos unidos pela paixão pela dança. Fiz muitos amigos e compartilhamos muitos momentos bons e experiências de vida.

No primeiro ano, foi muito difícil controlar o nervosismo. Parecia que tudo em mim tremia e isso acabava me prejudicando um pouco, limitando os meu movimentos. Saber que a bandeira do seu país está nas suas costas, que você tem a chance de voltar para a casa com um título nas mãos… é uma sensação de orgulho e satisfação incrível. Já no segundo ano, foi um pouco mais tranquilo. Me soltei mais e não fiquei tão focada em ganhar, mas sim em me divertir e curtir o tempo em que estive lá. Acho que isso deu certo, já que consegui o segundo lugar.

Nintendo Blast: Você acha que é mais difícil disputar uma vaga na Just Dance Tour aqui do Brasil ou disputar o mundial lá fora?

Pâmella: Eu acho que ambos são difíceis. O Brasil é a maior potência do jogo, tem muita gente boa. Aí, acaba sendo bastante disputado por aqui, até mais dos que nos outros países. Por outro lado, lá fora o pessoal também é barra pesada, todos treinaram muito para estar nas finais e dão tudo de si para obter o título de campeão mundial.

Nintendo Blast: Você tenta criar uma identidade própria, um estilo mais pessoal nos movimentos para jogar o Just Dance?

Pâmella: Sim, eu gosto de passar a sensação de que me divirto ao máximo. Antes, eu ficava me comparando aos outros dançarinos, mas agora não me importo com isso. Tento me manter dentro da música, curtindo cada batida do meu jeito. Seja sorrindo, jogando o cabelo ou observando a tela… eu estou me divertindo sempre.



Nintendo Blast: E como é o seu relacionamento com os outros membros da comunidade? Soube que você chegou a conhecer a Avery e a Dina.

Pâmella: Sim, todas elas são minhas amigas! Eu fiz muitas amizades com pessoas do mundo inteiro, foi uma porrada de gente (risos)... e foram incríveis os momentos que passamos juntos. Todos com a mesma paixão, que é a dança. A gente se apoiava muito também, sempre incentivando os outros enquanto estávamos dançando. Era muito bacana.



Nintendo Blast: Você chegou a se machucar durante os treinamentos para um dos mundiais. Como foi isso?

Pâmella: Essa foi uma época bem complicada… Eu estava realmente pegando muito pesado nos treinos, aí por causa disso, acabei me lesionando. Tive que ir para a competição assim mesmo, e até que me saí relativamente bem. Mas, depois disso tudo, fiquei 3 meses sem poder dançar para poder me recuperar completamente.

Nintendo Blast: O que o Just Dance representa na sua vida hoje?

Pâmella: O Just Dance vai muito além de ser só um jogo para mim. Eu vejo como um estilo de vida. Quando me sinto mal, eu danço e parece que tudo melhora, sabe? É uma felicidade que não cabe em mim, de verdade mesmo! Não consigo explicar com palavras o que esse jogo se tornou na minha vida. E, com tantos amigos que fiz dentro dessa comunidade, é tudo surreal.



Nintendo Blast: Pâmella, agradecemos demais pelo seu tempo para conversar com a gente. Desejamos todo o sucesso do mundo para você no Just Dance e com o seu canal.

Pâmella: Eu que agradeço por poder participar. Queria agradecer também pela preocupação de vocês em querer saber mais e divulgar meu trabalho no mundo dos games, que é um universo que vem crescendo a cada dia!

Revisão: Pedro Franco

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


Disqus
Facebook
Google