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Análise: Akane, o Flappy Bird sanguinário do Switch

Game brasileiro estilo arcade é matar ou morrer, apenas uma katana e uma arma serão suficientes para derrubar um exército da yakuza.



2121, Mega Tokyo é o local onde tudo começa e termina em Akane (Switch), o mais novo nindie para o Switch. O game que combina a rapidez de um arcade com hordas de inimigos digna de um hack ‘n’ slash, já a sua dificuldade… bem, podemos compará-la à Flappy Bird (Mobile).

Derrubando a máfia

O jogo inicia com uma cena bem sossegada: Akane de pé com sua katana em um elevador lavado de sangue e coberto de cadáveres, e a partir deste momento o clima do game é estabelecido: direto ao ponto.


Com exceção do tutorial do game, o game não possui muita história nem desenvolvimento de personagens, Akane, a protagonista e única personagem jogável do game, está numa arena em plena Tóquio futurista pronta para morrer, mas antes levando o máximo de seus inimigos com ela.

E fiquem sabendo que Akane não é qualquer coisinha, no modo de treinamento, que também serve como prólogo à ação principal, vemos como uma pequena Akane foi treinada para ser a máquina mortífera que temos a oportunidade de jogar.

Nesse modo aprendemos as habilidades da personagem, ela é capaz de rasgar seus oponentes ao meio com sua katana afiadíssima, atirar com uma pistola e dar uma investida para fugir quando estiver cercada. Akane também é capaz de se defender usando a sua espada.

Apesar de feroz e deveras competente, há empecilhos durante a jogatina, Akane possui uma barra de fôlego, se correr ou atacar em demasia, ela se cansa e precisa repousar, porém, isso não significa que a matança deixa de ocorrer, aproveite que atirar apenas consome munição. Bom avisar que não é possível atirar enquanto anda ou usa a katana.


Ao passo que vai coletando cabeças em sua batalha, a barra de energia da espadachim vai crescendo até que ela possa reproduzir dois ataques poderosos; o primeiro consome apenas um terço da barra total e é preciso que o jogador percorra um trecho e o refaça, só que destruindo todos os inimigos que estiverem no caminho de volta, enquanto o segundo é mais eficaz, Akane liquida todos os inimigos que estiverem na tela.

As hordas de inimigos surgem de forma aleatória, a maioria se trata apenas de gangsters munidos de katanas, mas é preciso tomar cuidado com os Tanks, inimigos grandes que precisam de diversos ataques para morrerem, já os atiradores têm uma mira sobre-humana, é bom fugir ou matá-los antes que atirem, além deles também um ninja que é mais chato de matar do que o chefe principal do jogo.

Já o chefão, que aparece sempre que 100 inimigos comuns sejam mortos, é chatinho de entender a manha de como matá-lo no início, mas depois da primeira vez, matá-lo será o menor dos problemas. A cada 100 inimigos mortos, ele ressurge mais poderoso para enfrentar Akane.

Carnificina portátil

Akane possui ótimos controles, há apenas duas opções de configuração, mas ambos funcionam muito bem, jogar com um controle mais confortável como os Pro Controllers é sempre uma boa pedida. E fique sabendo que não é ruim de levar o game para dar uma voltinha, até porque o formato arcade funciona para jogatinas fora de casa. Seria uma boa poder customizar os botões, mas não é nada muito grave, corrobora para tornar a jogatina desafiante.


O nível elevado da dificuldade faz o jogador repetir as partidas em busca de melhores pontuações e para conseguir realizar as missões que dão recompensas ao jogador, melhorando o armamento de Akane; dando a ela katanas com efeitos diversos, armas com mais munição e tiros mais poderosos e outros itens que melhoram a performance da personagem, aumentando o fator replay.

O game possui um estilo pixealizado que não é, nem de longe, ruim para vista ainda mais por ter animações muito bem feitas e um cuidado com a arte, o que torna a jogatina muito agradável. Sem contar com a música de fundo que super acompanha o dinamismo das batalhas e aumenta a adrenalina de quem estiver pronto para fazer um verdadeiro estrago no campo de batalha.

Por fim, Akane é um bom game, um arcade bem idealizado, que possui uma dificuldade desafiante a ponto de garantir que o jogador entregue a sua atenção de bom grado enquanto sua jogabilidade não torna a jogatina injusta. Nas primeiras horas o jogador pode até penar, mas depois de pegar o jeito, não haverá mafioso de pé para contar história.

Prós

  • Boa jogabilidade;
  • Fator replay imenso;
  • Desafiante na medida certa;
  • Estética e animações bem feitas;
  • Preço acessível.

Contras

  • História com desenvolvimento fraco.
Akane - Switch/PC - Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: Switch

Análise produzida com cópia digital cedida pela Qubic Games

Estudante de Sistemas da Informação que gostaria de aprender todas as línguas existentes, mal sabendo lidar com as duas que já fala. Descobriu seu amor pela Nintendo ao conhecer Super Mario 64 e desde então nunca mais largou os cogumelos, karts e rúpias que encontrou em seu caminho.
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